A sucessão de 2026 na Paraíba tem como um dos pontos centrais a disputa interna da recém-criada Federação União Progressista (União Brasil + PP). A preço de hoje, é possível especular, com base em análise de matriz de risco, que o senador Efraim Filho tem mais de 60% de chances de ser o escolhido para encabeçar a chapa ao governo estadual.
O cálculo parte de fatores claros: a aproximação ideológica de Efraim com Antônio Rueda, presidente nacional da Federação, e o movimento estratégico da legenda em direção à oposição ao governo Lula. Esse alinhamento nacional favorece o senador, que desde cedo afirmou ser uma candidatura “irreversível” e se apresenta como alternativa de ruptura em relação ao governo João Azevêdo e à continuidade defendida por Lucas Ribeiro (PP).
No entanto, essa Controle partidário não é uma equação simples. O deputado federal Aguinaldo Ribeiro é uma das figuras mais influentes do PP e da política paraibana e não medirá esforços para manter sob sua órbita o comando da Federação no Estado. Isso significa que a batalha pelo controle da sigla terá peso determinante na escolha final, especialmente porque o critério anunciado pela executiva nacional é a viabilidade aferida em pesquisas.
Lucas Ribeiro surge como pré-candidato natural da continuidade, mas seu vínculo com o PSB e com o projeto de João Azevêdo pode se tornar tanto ativo quanto passivo. Se a popularidade do governo se sustentar, sua candidatura ganha fôlego; se houver desgaste, a narrativa oposicionista de Efraim tende a ser fortalecida.
Em síntese, o jogo ainda está aberto e sujeito a mudanças rápidas, mas o desenho atual indica vantagem real para Efraim Filho, que reúne mais condições de ser o nome da Federação em 2026. A disputa, contudo, será definida pelo cruzamento de pesquisas, negociações de bastidores e pela capacidade de Aguinaldo Ribeiro de preservar seu protagonismo na arena estadual.